"Só soube que amava quando as palavras deixaram de ser só barulho e quando os momentos foram eternizados - são as pequenas coisas, os mais pequenos promenores na vida de alguém que fazem com que nós nos deixemos levar."
Não se define o amor pelas palavras altas que soam numa manhã negra; não é apenas o jogo de dados que nos atira para a infantilidade que nos promete uma aposta verdadeira.
Quais são os sinais, quando a tua voz é capaz de trazer as mais variadas sensações de poder.
É esta essencia do amor que eu não consigo perceber: nós amamos, mesmo que os dentes dele não sejam certos e brancos. Nós amamos, mesmo quando o corpo dele tem vinte tatuagens. Nós amamos, quando o cabelo dele começa a ficar branco e amamos quando eles tem a ideia triste de usar o boné para trás.
Nós amamos aos vinte pela mesma razão que amamos aos quinze anos. Nós amamos porque amamos sem oportunidade para existirem clichés. Nós amamos e queremos ser correspondidos com a mesma cor.
A verdade, é que mesmo depois desse amor todo, chegamos à conclusão que não conhecemos a pessoa ao promenor.
Não há elixir quando o amor se desfaz em pedaços até deixar de existir; não há chocolate que preencha o vazio entregue aos sonhos sem perfil.
Não estive ausente nem deixei de acreditar que só há um amor na vida mas sei com todas as certezas, que o primeiro é só o primeiro. Não vale a pena pinta-lo de cor de rosa, enche-lo de flores nem decora-lo com brilhantes.. Quando o FIM aparece na ultima cena do filme é porque se acabaram os diálogos e a única didascália diz-te para saires do palco de mansinho para que ninguém chore ao ver a tua inocencia a morrer.
Eu não tenho saudades, nem quero voltar a votar contra os meus principios mas acho que os três dias da vida são suficientes para amar duas vezes.
Promessas são promessas e quando tu te ajoelhas com o coração nas mãos uma borracha invisivel apaga todos os momentos rasgados pelo sol.
Ninguém se lembra de ti olhando-o a dormir, ninguém se vai lembrar que tu costumavas escrever-lhe cartas de amor. Ninguém vai querer saber se ele também chorou por ti. Nem tu propria vais conseguir lembrar que a verdade foi bem melhor enquanto não foi mentira.
Ele nem vai saber como é que te perdeu e tu nem sabes porque é que continua a tocar a mesma música de piano; ele nem sabe se tens ainda o mesmo sinal e tu deixaste de recordar quais eram os sonhos que ele tinha debaixo do anel.
E mesmo que passem cem anos e que esse filme não saia do top dos cinemas nacionais e internacionais tu nunca vais perceber que às vezes podes ter asas e mesmo assim não podes voar para o olhar o céu...
As horas passam num vale onde o céu se cola para me segredar os bons dias; aposto dolares que nunca me irás trair a confiança enquanto elas me frazem o olho e me perguntam se estou a alinhar bem os neurónios.
Costumo ser tão inteligente e consigo decorar vinte teorias se for preciso; mas quando os teus olhos penetram os meus é como se me prendessem os movimentos e me trancassem o cerebro.
Sei que todas estas palavras parecem méras metaforas mas são tudo aquilo que consigo sentir quando me perco na linha ténue entre o amor e a falta que me fazes.
O tempo, deste lado da estratégia, passa mais devagar pois sou eu que estou á espera que o juri decida e traga um ficheiro com todas as portas abertas.
Acredito que desse lado do desaparecimento tu tenhas um oasis onde te refugias de todas as rotinas, danos e representações queixosas. Acredito que seja mais fácil assim, fugir da investigação e dares um pontapé no rabo da sugestão.
Num repleto transplante de imagens, tu dizes-me que tenho jeito para o microfone e que é indesejavel a minha prensença nos talvez que te preseguem. Dizes-me com intuição que não podemos premir mais vezes o botão da verdade e que talvez devessemos atingir o objecto perfeito da parte em que gostámos.
"Tu nunca serás" penso eu fazendo força para com os meus botões para acreditar que tu não és o tal quando o meu coração grita isso a plenos pulmões. "Interpreto tudo mal" discuto eu comigo própria enquanto vejo o meu cérebro a transformar-se na segunda circular.

I just hope you get it.
As pessoas não são necessáriamente aquilo que parecem; tu não és aquilo que eu pensava. Tinha a imagem perfeita do que nem sequer devias ser mas mesmo assim tu arrancaste todas as minhas ilusões a sangue frio.
Derrubaste a estrutura que tinhamos montado e fugiste sem me deixar os pregos; foges de tudo o que te parece complicado; dás asas ás botas quando o sol te queima o braço e tu perdeste o protector solar.
Eu já não sou o tipo de rapariga que se senta em frente à televisão, a ver o novelas deprimentes e a comer dois quilos de chocolate; eu sou o tipo de mulher, que carrega no acelerador e arranja uma forma (estúpida ou não) de ver a luz ao fundo do tunel.
Isto é tudo porque tu não sabes quem és e preferes deixar andar do que gatinhar até ao alto do cume. Isto é tudo porque tu nem sabes calcular a verdade sem somar doses de mentira.
Piscas o olho ao infinito e dás passos largos num horizonte que nem tu conheces enquanto eu dou mais um lamiré de palavras soltas em textos todos para ti.
È irónico não achas? Tu nunca os vais ler e eu nunca vou saber de que material é o teu coração. É ridiculo não é? O destino empurranos na mesma direcção mas como tu és torto cais no precepicio e deixas-me a ouvir o teu eco.
Para ti tudo tem um preço, tudo tem que ter dez mil razões e eu acho que sem sonhar o preço sobe demais para a minha carteira.
Agora, estou na fase da semana, em que nem posso pensar em ti e só de supor ver-te dá-me cinquenta tiques nervosos.
Ès tão complexo, cheio de clichés e enormes ingenuidades que me tiram do sério e me fazem descontrolar a velocidade.

O pior é que esta história não vai passar do papel e enquanto eu estou a escrever isto à velocidade da luz tu estás perdido nos lençois a sonhar sabe Deus com o que.
Sabes as pessoas até acham que nós somos uns sortudos, por nos termos encontrado um ao outro quando já é impossivel encontrar um amor sem cair nas redes da traição mas uma simples falta de comunicação para ti é como perder a rede num centro comercial.
Estou a perder a fé, estou a assistir ao fim de "nós" sem poder fazer nada... E isso não me faz querer saltar já para o proximo capitulo.
Quando vais começar a despedaçar-me o coração? Tenho sonhado contigo muitas vezes mas não te tenho desejado.
Tu querias que eu te magoasse? Eu queria ver-te magoado? Dúvido que a resposta a isso seja afirmativa. Eu odiaria ver-te chorar mas o que era suposto ter acabado não ficou por aqui. A esta saga junta-se mais um pouco de falta de alivio; juntam-se as promessas que nunca foram feitas; junta-se o facto de ao inicio teres sido só mais um para mim. E assim, esse só mais um, foi o um.
Agora fazes falta, agora só te digo que me chegaste á alma.
Era tudo tão, simplesmente, mágico...
Numa cidade cheia de feições e cantos macabros dou por mim a sentir cada luz por onde passo.
Vejo-te ali, do outro lado do meu corpo, passo-te as minhas mãos frias pelas tuas costas; agarras o meu pescoço e lançamo-nos nos colhões vermelhos.
As paredes choram enquanto nós nos deixamos levar, com as mãos no tecto de um chão que já foi tão nosso.
Semi-cerras os olhos enquanto eu analiso cada pedaço da tua cara; rasgas-me o coração e procuras o ar no meu pescoço.
Abro os braços e entrego-me a ti da mesma forma como me entreguei antes e sinto o teu cheiro cada vez mais entranhado na minha alma.
Rebolamos o chão, subimos o quadro e pintamos uma tela de imaginação; mudo, gritas o meu nome e eu vou tentando juntar o puzzle para não me apegar a ti, de novo.
O tempo não passa e as imagens são como um filme em câmara lenta; passamos a rua de um lado para o outro, o silêncio é constrangedor e a estrada parece cada vez mais longa.
Era suposto... Devia ter acontecido. Já é tarde e eu gosto de ti.
Gosto de ti como se tivesse sido a primeira vez e como se hoje fosse um ontem pregado ao contrário.
É ironico não achas? Duas vezes, duas falhas inconcebiveis e mesmo assim tu amanhã vais embora sem intenções de me amar da mesma maneira.
Depois de te deixar na segunda rua à esquerda, dou por mim a sentir calor e frio, tristeza e alegria numa mistura explosiva.
Instala-se uma dor agressiva que não me deixa respirar; os cigarros são puxados uns atrás dos outros e sinto que estou definitivamente caída de amores.
"Nunca me esqueci de ti" penso eu no burburinho da Antena 1 e percorro o retrovisor da esquerda para a direita para ver se tu me fazes sinais de luzes e me mandes encostar.

A vida é curta e a paixão parece querer ser para sempre; em unissono com o meu andar, o mundo passa sempre rápido demais e as minhas palavras são sempre poucas para a incerteza que se fez sentir.
Estamos a ter uma atitude desafinada, estamos a ir contra todos os principios e talvez não estejamos a pensar em todas as consequencias.
Afinal de contas eu não sou de ferro mas esta minha amargura faz com que não consiga apanhar formigas com vinagre.
"Deixa-me perguntar"... Gostas de mim? Não há forma mais fácil de te pedir para ficares só mais cinco minutos.
Ás vezes a solução é pura e dura: deixar o tempo ir e rezar para que não nos leve a alma.
Não consigo ver as estrelas hoje, está tudo negro demais para que eu possa contemplar o que está tão longe de mim; vou perdendo tudo, vou jogando tudo e os dados estao sempre contra mim.
Não consigo deixar de contar as vezes em que já falhei e os tipicos momentos em que me deixei levar pelo que já não tinha lenha por onde arder.
As lágrimas não caiem porque já não têm que ser faladas e as palavras não me saiem porque já secaram; é tudo vivido assim, numa inércia que não é minha.
Deixaste pouco e levaste tanto; contigo nunca foi fácil, e eu também nunca quis dar muita importância mas tu passaste tantas vezes até que eu me cansei de te ver com ar de menino.
Perguntam-me o que é que eu faria para te ter aqui de novo e hoje, com o coração meio rasgado, digo que apesar de todas as loucuras que já disse e dos gestos absurdos que fiz não há nada que eu queira mais senão ver-te sair com as malas feitas para nunca mais voltar.
Prefiro assim, virar-me contra ti nunca deixando que borres o meu olhar; é preferivel assim, porque amanha eu vou passar por ti debaixo dos arcos, vou virar a cara para o lado direito, ela vai encolher os ombros e tu vais perguntar-te (até casa) se estás bem nesse dominó vaidoso.
E eu, logo eu que teria escalado o Evereste só para chegar a ti; eu, logo eu, que não haveria nada que eu não fizesse para te ter dois segundos a mais do que o suposto.
Torna-se tudo muito mais fácil quando se tem um motivo. Um motivo de ir ou ficar. Um motivo de esquecer ou lembrar. Um motivo de desistir ou lutar. Um motivo de sorrir, ou até mesmo chorar. Um motivo de sonhar, ou cair na realidade. Um motivo de ser ou estar. Um motivo para parar, ou continuar a amar. Um motivo que nos sustente a respiração, e nos faça viver na emoção.
Um motivo para acreditar. Um motivo para esperar. Um motivo para ser feliz. Tudo isto, por vezes junto, num simples motivo, numa simples vontade, tudo isto, por vezes, num alguém, numa verdade.

- Obrigada pelo meu motivo.
Se puderes ficar, eu te agradeço. Partidas sempre doem, sempre fazem-me um mal horrivel. E lembras-te que havias me prometido que ficarias? Eu lembro-me e sempre me hei de lembrar. Foi, talvez, a coisa mais linda que me disseste. Mas se tornará tão triste se fizerdes dela a pior mentira. Ah, meu amor. Eu não te faço bem? Pois tu, pra mim, és um remédio pra qualquer problema. As estrelas parecem tão perto quando te tenho ao lado. Sabes, mas se preferires ir, vai. És um pássaro, meu pássaro. Mas se quiser voltar e te aninhar aqui dentro, bem no fundo do meu coração, vem! Eu não me importo. Tenho quase certeza, ou total, que se não fomos feitos para agora, seremos para daqui a pouco.
Com uma sensibilidade de elefante numa loja de porcelanas deixei partir a fragilidade do amor.
Por essa estrada que trilhei fui deixando meus sonhos menos importantes, fui me despindo de tudo que já não servia. Agora me encontro aqui, mais leve, mais feliz, mais eu. Ainda carrego sonhos, ainda carrego o amor, ainda carrego teu nome bem guardado - gravado no meu sorriso.

Get it?
Hoje, finalmente, percebi que não posso, mas afinal também não quero fazer nada para mudar tudo o que se passa, prefiro até fingir que não existes. Desde que me lembro, fui sempre eu, eu que me rebaixei, eu que quis que algo que não existia se resolvesse, se dissipasse. Pergunto-me agora, será que valeu alguma das minhas inúmeras palavras dirigidas a ti ? Na verdade, não encontro resposta, não sei se algum dia encontrarei, ou se quererei essa resposta. A desilusão consumiu toda a amizade que tinha por ti, pelo teu ser, pela tua pessoa, por nós. Estou á espera ...
Deixei-te ir por escassos segundos do meu porto seguro .. Nem sei como aconteceu, não sei se estava escrito no nosso livro com capitulos ainda em branco, só sei que ao partires, partiu um pouco de mim. Esse pouco de mim que tento esconder enquanto sorrio para a vida, como se te tivesse esquecido e como se tudo o que vivemos fosse passado, coisa que ainda não o é. É tão fresco como uma folha com gotas de chuva, nós somos assim. Parte de mim aprendeu tanto contigo, que agora sabe que não pode doer mais que tantas outras vezes que vi alguém partir. As paixões não duram séculos como filmes de uma hora e meia. Mas duram o tempo suficiente para aquecerem dentro de nós. Fizeste-me feliz, durante pouco tempo, como os acordes perfeitos de uma guitarra. Agora diz-me que caminho hei-de seguir ? E porque te pergunto ? Nunca gostei de pensar de mais, mas sempre pensei mais do que devia e se calhar em muitas vezes encontrava uma resposta, mas agora não a encontro.