"Só soube que amava quando as palavras deixaram de ser só barulho e quando os momentos foram eternizados - são as pequenas coisas, os mais pequenos promenores na vida de alguém que fazem com que nós nos deixemos levar."
As horas passam num vale onde o céu se cola para me segredar os bons dias; aposto dolares que nunca me irás trair a confiança enquanto elas me frazem o olho e me perguntam se estou a alinhar bem os neurónios.
Costumo ser tão inteligente e consigo decorar vinte teorias se for preciso; mas quando os teus olhos penetram os meus é como se me prendessem os movimentos e me trancassem o cerebro.
Sei que todas estas palavras parecem méras metaforas mas são tudo aquilo que consigo sentir quando me perco na linha ténue entre o amor e a falta que me fazes.
O tempo, deste lado da estratégia, passa mais devagar pois sou eu que estou á espera que o juri decida e traga um ficheiro com todas as portas abertas.
Acredito que desse lado do desaparecimento tu tenhas um oasis onde te refugias de todas as rotinas, danos e representações queixosas. Acredito que seja mais fácil assim, fugir da investigação e dares um pontapé no rabo da sugestão.
Num repleto transplante de imagens, tu dizes-me que tenho jeito para o microfone e que é indesejavel a minha prensença nos talvez que te preseguem. Dizes-me com intuição que não podemos premir mais vezes o botão da verdade e que talvez devessemos atingir o objecto perfeito da parte em que gostámos.
"Tu nunca serás" penso eu fazendo força para com os meus botões para acreditar que tu não és o tal quando o meu coração grita isso a plenos pulmões. "Interpreto tudo mal" discuto eu comigo própria enquanto vejo o meu cérebro a transformar-se na segunda circular.

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