"Só soube que amava quando as palavras deixaram de ser só barulho e quando os momentos foram eternizados - são as pequenas coisas, os mais pequenos promenores na vida de alguém que fazem com que nós nos deixemos levar."
Hoje decidi a minha vida. Não que seja mais ou menos importante, mas os momentos de dor dão-nos uma certa clareza e uma certa evidência a vida que não conseguimos obter com uma alegria artificial, que uma série de neuro-transmissores nos iludem e nos dão essa "ponte de abrigo". Eu decidi decidir a minha vida hoje, e não em outro dia. Talvez por saber que durante todos os meus anos de vida, nunca me senti suficiente para ninguém, nem grande que chegasse, até para a única pessoa que eu decidi que valeria a pena lutar e agradar. A minha mãe, por uma questão de vida ou uma questão de mágoa ou até uma questão de falta de amor, passou a vida a deteriorar-se e a arruinar-me pelo caminho, mas eu lutei, todos os dias por ela e por mim e por uma vida e um futuro. Eu lutei todos os dias, por ela, talvez muito mais do que por mim, porque mais do que tudo, eu sempre senti que ela valeria a pena, e que hoje nada me dói mais do que saber que nunca importou nem importará.. Eu peço desculpa pelas palavras pouco pensadas e incorentes mas não sabia o que fazer se não escrever, porque nada dói mais do que o resto de alma minha aprisionada neste corpo.