"Só soube que amava quando as palavras deixaram de ser só barulho e quando os momentos foram eternizados - são as pequenas coisas, os mais pequenos promenores na vida de alguém que fazem com que nós nos deixemos levar."
Ás vezes a solução é pura e dura: deixar o tempo ir e rezar para que não nos leve a alma.
Não consigo ver as estrelas hoje, está tudo negro demais para que eu possa contemplar o que está tão longe de mim; vou perdendo tudo, vou jogando tudo e os dados estao sempre contra mim.
Não consigo deixar de contar as vezes em que já falhei e os tipicos momentos em que me deixei levar pelo que já não tinha lenha por onde arder.
As lágrimas não caiem porque já não têm que ser faladas e as palavras não me saiem porque já secaram; é tudo vivido assim, numa inércia que não é minha.
Deixaste pouco e levaste tanto; contigo nunca foi fácil, e eu também nunca quis dar muita importância mas tu passaste tantas vezes até que eu me cansei de te ver com ar de menino.
Perguntam-me o que é que eu faria para te ter aqui de novo e hoje, com o coração meio rasgado, digo que apesar de todas as loucuras que já disse e dos gestos absurdos que fiz não há nada que eu queira mais senão ver-te sair com as malas feitas para nunca mais voltar.
Prefiro assim, virar-me contra ti nunca deixando que borres o meu olhar; é preferivel assim, porque amanha eu vou passar por ti debaixo dos arcos, vou virar a cara para o lado direito, ela vai encolher os ombros e tu vais perguntar-te (até casa) se estás bem nesse dominó vaidoso.
E eu, logo eu que teria escalado o Evereste só para chegar a ti; eu, logo eu, que não haveria nada que eu não fizesse para te ter dois segundos a mais do que o suposto.

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